quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Transporte ligeiro de superfície Ilha-Continente


Soube que o Colombo da Coxilha Rica recebeu mais um projeto para dar solução ao trânsito da Ilha de Santa Catarina e arredores. Certos portugueses propuseram o metrô ligeiro de superfície entre o Terminal Central, que é um grande carrossel de ônibus, e o Ceasa, em São José. Quer dizer, vai ligar o olho do furacão a coisa nenhuma, a menos que esta seja um reivindicação dos repolhos roxos. O percurso seria de 10 Km. A dúvida dos atentos engenheiros de além-mar é se o trem de superfície vai passar sobre faixas das pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles, entre as pontes ou abaixo delas. Tenho uma ideia para essa questão, já que somente a etapa das pontes custará pelo menos R$ 1,5 bilhão: com essa dinheirama, o governo estatiza o transporte no mesmo trecho por muito menos. Para tanto, usa o espaço em que cresce capim no entorno do fabuloso merdário, na frente do Terminal Rita Maria, e põe ali um estacionamento de ligeiros cavalinhos de pau. Nós vamos até ali, montamos no ligeiro cavalinho de pau e atravessamos a ponte e devolvemos o amado meio de transporte no estacionamento do Continente. Minha ideia é boa e é de graça. Eu sei qual é o problema, eu tenho a solução e eu sei quanto custa.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Desumano

Meu avô viu o tigre e suas pegadas na lama do Rio dos Queimados. Meu avô viu e contou pra todos os filhos. Eles não viram o tigre e as pegadas na lama. Mas foi tão forte o que ouviram que até hoje os sobreviventes juram que o tigre e as pegadas estão na beira do rio. Meu avô morreu. Virou um nome em uma placa. Muitos filhos de meu avô morreram. Eu não vi o tigre ou as marcas das suas patas na lama. Eu sequer vi o rio, que também morreu, sufocado pelo Homem.