quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Pegadas

olhei o que fiz querendo; não por temor: liberdade; sempre janelas e portas abertas, para entrar e sair, pelas janelas, pelas portas; vez ou outra, chaminé; buraco de fechadura; caminhando, caminhante; cartazes nos corpos;meio nu vestido; vestido nu; erguendo punho; simplesmente lendo, recitando, respirando, conhecendo... tantos gerundiandos andando; esta paz-liberdade que é pai agora porque veio fazendo-se antes, formando-se em nuvens e escorregandoescorrendo em pingos de látex de baixo para cima, de fora para dentro; e tus, diferentes de tantos normais e iguais normais, preferencialmente pacientes demais, sentados demais, entorpecidos demais, convencidos demais do que seja este mundo acima e dentro da terra e da água; preferencialmente normais normais; olhei o que fiz, me refiz num novo refil pra daqui a pouco virá-lo do avesso: compreender o que é; incompreender, e tentar mais uma vez já que a tentativa nunca é inútil e reaprende; olhai o que fiz, não eu, coisas, palavras; olhai o que olho: pegadas.