segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Preparatória

apocalipses cerebrais; ondais; ralíssimos perfumes que germinam na garganta para um dia revelar; vem essas dores, membranais, cordais, retocadas em veludosos umbrais, e acode o mundo mundano dos mortais; e vem odor, espremido atrás de portas sepulcrais, e vem visão descomunal, retorcida, embaralhada, atrofiada, hiperespácica - apenas uma onda orbital inframembranal. Vem onda de calor de onde nasce o frio; seres anormais.
apocalipses cerebrais preparam o campo de flores inexistente em memórias escaldadas a lápis no calendário - para que possa não esquecer. luz extinta pelo amanhecer; luz que empalidece com o ardor do dia; e se consome, solitária, esplendorosa, remissiva - ausente em si.
apocalipses cerebrais, até a aurora explodir-se em nuvens de gotículas mortais, e morrer porque se expandir não dá mais. Revolta. Ondas em apocalipses terminais. Inexistências reais.